André Barbieri
A ingerência norte-americana na América Latina produz tradicionalmente um amplo e legítimo sentimento de repulsa popular.
Seja em declarações oficiais como a do Secretário de Defesa, Pete Hegseth – “Vamos retomar nosso quintal”, em referência às Américas – seja na política de taxação comercial de Donald Trump em defesa de Bolsonaro e da extrema direita brasileira, surge diante dos olhos de milhões a vontade do imperialismo norte-americano em submeter a região a novos laços de subordinação. Num mundo com crescentes tensões econômicas e geopolíticas, ecoam os episódios mais sombrios da política externa agressiva e pró-ditatorial dos Estados Unidos, que nas décadas de 1960 e 1970, através de figuras como Henry Kissinger, Richard Nixon e Gerald Ford, planificaram e implementaram o infame Plano Condor na região.
A intervenção de Trump é repudiável e deve ser combatida frontalmente. Nenhum trabalhador, nenhum jovem deve pagar a agressividade trumpista com cortes salariais, demissões ou supressões de postos de trabalho – medidas que a burguesia nacional não terá dúvida em impor, caso veja sua margem de lucro ameaçada pelas tarifas.
Para o governo Lula, a punição tarifária do imperialista Trump veio como uma benção. Até então com baixa popularidade, administrando o capitalismo decadente e atrasado brasileiro, governando o país da escala 6×1 junto à direita que no Congresso lhe fazia frente, e deixando de pé as contrarreformas mais terríveis dos governos da direita pró-imperialista (como as da previdência e a trabalhista), Lula não reunia demasiadas esperanças para 2026. Agora, apresenta-se como o defensor da soberania nacional contra uma extrema direita desorientada, recuada e espalhada pela sola da bota de Trump.
“Não podemos permitir que o presidente Trump esqueça que foi eleito para governar os Estados Unidos… não para ser o imperador do mundo”, disse Lula a Christiane Amanpour, âncora da rede CNN nos Estados Unidos. Os vendilhões da extrema direita brasileira, que ostentam seu servilismo com a bandeira de Trump no Congresso, estão acuados e com dificuldade de recomposição (incluindo disputas públicas entre Tarcísio de Freitas e Eduardo Bolsonaro), sem o controle do próprio discurso diante dos efeitos catastróficos das tarifas trumpistas.
Essa conjuntura não passou despercebida aos distintos segmentos do imperialismo. O Washington Post, dominado pelo trumpista Jeff Bezos, escreve que o “Natal chegou mais cedo para Lula, e o presente foi enviado por Trump por meio desse ataque desajeitado à soberania do Brasil”. O The New York Times, de inclinação Democrata, diz que o movimento anti-Trump reavivou o apoio ao governo brasileiro. Edward Luce, editor-chefe do Financial Times, parte da ala anti-Trump do imperialismo britânico, está convencido de que a melhor maneira para restaurar a credibilidade de governos combalidos no mundo é atrair para si um pouco da guerra tarifária de Trump. Ademais, não deixa de fazer um elogio ao Judiciário brasileiro – o mesmo Judiciário e sua cúpula no Supremo Tribunal Federal que sustentaram o golpe institucional de 2016 trazendo o Departamento de Estado norte-americano dentro das togas.
Essa apreciação dos efeitos da ingerência trumpista aparecem nos números. Segundo pesquisa da Quaest, a desaprovação de Lula caiu em julho, de 57% para 53%, e sua aprovação subiu de 40% para 43%. A maior queda na desaprovação de Lula foi registrada na região Sudeste, indo de 64% em maio, para 56% em julho. A aprovação subiu de 32% para 40%. A direita bolsonarista perdeu o momentum e faz política na defensiva. Não bastasse a tarifa de 50% lançada pela Casa Branca, o secretário de Estado Marco Rubio retirou a permissão de entrada nos EUA para Alexandre de Moraes, como medida de pressão. Moraes respondeu acusando Bolsonaro de conspirar com o filho para incitar hostilidades contra o Brasil, proibindo-o de ter contato com governos estrangeiros e obrigando-o a usar tornozeleira eletrônica.
Tais sinais animaram a realpolitik petista, e Lula em particular, a congraçar-se com a direita dura no Congresso que vinha aplicando derrotas ao Executivo. A mando de Lula, Alckmin esteve lado a lado com Hugo Motta e Davi Alcolumbre, em nome da soberania… dos negócios capitalistas nativos. Até com Arthur Lira o governo Lula buscou as pazes. A FIESP, golpista de primeira ordem, alinhou seu discurso ao do governo Lula, assim como a Câmara Americana para o Comércio com o Brasil (Amcham), representando empresas imperialistas como a Amazon, a Coca-Cola, a GM, a Caterpillar e a MedTech. Lula apareceu em comícios usando bonés inspirados na parafernália do MAGA, com slogans como “O Brasil pertence aos brasileiros”. O PT, afobado na euforia de trégua com a direita, escolheu consignas que eram próprias do bolsonarismo: “meu partido é o Brasil”.
Assim, enquanto diz defender a soberania nacional, Lula encabeça uma “unidade nacional” com a classe dominante brasileira e suas instituições autoritárias, todas elas umbilicalmente ligadas ao imperialismo norte-americano e a submissão da economia nacional ao estrangeiro. Os mesmos segmentos econômicos que protestam o protecionismo da Casa Branca são entreguistas seriais das riquezas naturais e energéticas do país às potências estrangeiras, predadores da Amazônia a partir do grande latifúndio, agentes extorsivos que submetem o país às finanças mundiais através do pagamento da fraudulenta dívida pública e do próprio Arcabouço Fiscal, e defensores do colonialismo sionista.
Unidade…com quem?
A história instrui. Com o mesmo Henry Kissinger, que mencionamos ao início, a FIESP colaborou na sustentação da ditadura militar pró-estadunidense instalada em Brasília. A Junta militar brasileira, como relata Matias Spektor, colaborou com o Pentágono na interferência política dos EUA em países do Cone Sul, assaltados por ditaduras sangrentas, como a Argentina, a Bolívia, o Chile e o Uruguai. A FIESP, que em 1964, atuou ativamente na articulação do golpe militar, foi responsável direta pela campanha do grande capital na organização do golpe institucional que colocaria Lula na prisão em 2018. Nunca é demais lembrar que o Judiciário, com quem Lula partilha palco na suposta defesa da soberania nacional, participou ativamente com a ditadura militar brasileira. Com a atrofia do Congresso Nacional, coube aos juristas preencherem a ordenação do regime erguido sobre os Atos Institucionais dos militares.
Falando no Poder Judiciário, sua participação na história política recente é um exemplo da subordinação das instituições ao estrangeiro. O Supremo Tribunal Federal foi, como dissemos muitas vezes, o “primeiro violino” do golpe institucional de 2016, alavancado pela Operação Lava Jato de Sérgio Moro, um juiz treinado pessoalmente pelo Departamento de Estado norte-americano nas operações de intervenção política em países latino-americanos. Luiz Fux, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Rosa Weber, e distintos ministros do Supremo Tribunal Federal foram ferrenhos defensores da ofensiva pró-imperialista no Brasil, apoiando Moro e a Operação Lava Jato. Como não lembrar do tweet do ex-general Eduardo Villas Boas no dia anterior ao julgamento do habeas corpus de Lula no Supremo Tribunal Federal, diante do qual o STF liberou Moro para prender o líder petista arbitrariamente. Cármen Lúcia, ministra do Supremo, aprovou com seu voto final a consolidação do golpe institucional. Tais medidas não vieram sem seu complemento econômico. Luís Roberto Barroso (para quem “excesso de proteção desprotege”) e Gilmar Mendes garantiram no STF a constitucionalidade da nefasta reforma trabalhista de Michel Temer em 2017, e Dias Toffoli conclamou um “pacto nacional” pela reforma da previdência de Bolsonaro.
O STF, assim, consagrou a precarização e a terceirização do trabalho no país, contra a qual se opõe a esmagadora maioria dos trabalhadores no país. Todas estas medidas foram realizadas à medida das exigências de Washington e dos monopólios imperialistas norte-americanos, já durante a primeira administração Trump.
Nem é preciso dizer sobre as Forças Armadas, que desde a fundação da República, em 1889, tem particular predileção por intervir na política mediante conspirações, golpes de força e quarteladas, indissociavelmente ligadas às potências estrangeiras. Os Estados Unidos foram os primeiros a reconhecerem o governo republicano de Deodoro da Fonseca, e o Marechal Floriano Peixoto recebeu apoio naval direto de Washington para assegurar seu governo contra a Revolta da Armada. Já mencionamos o papel capacho que os militares, durante a ditadura, tiveram em auxiliar a implementação do Plano Condor na América Latina. Efetivamente, boa parte do generalato, dos oficiais e demais patentes de comando – preservados por Lula – esteve envolvida nas tentativas golpistas de Bolsonaro. Em entrevista a generais sobre a crise com Trump, Marcelo Godoy revelou como em sua maioria estavam preocupados em manter as relações com a Casa Branca, o fornecimento de armas e o sistema estratégico pós-1945. Puro sabujismo de caserna.
E o que dizer do sionismo, que tem forte apoio nas câmaras industriais e comerciais tratadas por Lula como aliados na luta pela “soberania nacional”? Não existe nenhum tipo possível de ofensiva contra Trump enquanto se mantiver de pé os acordos comerciais, diplomáticos e militares com o Estado colonialista de Israel, há quase dois anos responsável pelo genocídio inenarrável contra os palestinos em Gaza. Lula, que fala contra o genocídio, segue mantendo tais relações. Tal ponto alcança essa vergonha de submissão nacional que o petróleo brasileiro foi denunciado na ONU como parte fundamental da economia do genocídio israelense. Segundo mostramos no Esquerda Diário, a Petrobras aumentou suas vendas de petróleo a Israel (R$216 milhões apenas em 2024), sendo responsável por quase 10% do produto importado pelo governo assassino de Netanyahu. O Brasil tem maior parceria comercial com Tel Aviv que a Argentina, governada pelo reacionário lambe botas de Trump, Javier Milei.
É possível rechaçar Trump mediante “unidade nacional” com a burguesia brasileira, seus políticos e juízes, estruturalmente subservientes e servis ao imperialismo? Não. Essa política, em verdade, fortalece o caminho para a recuperação da direita e da extrema direita, quer na plumagem do bolsonarismo ou de outro asqueroso substituto.
Um programa anti-imperialista que de fato enfrente Trump
É essencial compreender o caráter reacionário dessa política de suposta “unidade nacional” contra Trump. Tendo disputas entre si e suas diferentes frações, a burguesia brasileira e suas instituições atuam justamente para bloquear qualquer mobilização anti-imperialista, já que isso poderia se voltar contra seus interesses particulares, de negociação através das câmaras de comércio e a diplomacia. A falsa noção de que a unidade entre classes seria necessária para enfrentar Trump serve apenas para desmobilizar trabalhadores e jovens, diluindo e enfraquecendo sua força.
De que modo se poderia levar adiante uma atividade política anti-imperialista? Uma condição básica é a total independência do governo de Frente Ampla. É preciso rechaçar a interferência de Trump no Brasil, assim como todo e qualquer tipo de punição, que sempre recai sobre a classe trabalhadora e o povo pobre, ou por transferência de custos dos capitalistas, ou mesmo por ameaças de demissão e fechamento de setores. Se afetada em seus lucros, a burguesia certamente quererá aplicar cortes salariais e supressão de postos de trabalho. É necessário impedir com a mobilização este cenário, e estamos na linha de frente com todos aqueles que querem dar este combate.
Olhando em perspectiva, é útil pensar que demandas estruturais representariam um programa que atacasse pela raiz os interesses do imperialismo, o que significa atacar os interesses de seu agente dentro do país, a burguesia brasileira.
Em primeiro lugar, é necessário revogar todos os acordos de submissão da economia nacional ao imperialismo, e garantir que os recursos naturais, minerais e energéticos do país estejam à disposição das necessidades da população pobre e trabalhadora. A questão do petróleo é sintomática. 63% do capital da Petrobrás está fora do controle do Estado (sendo 46% papéis negociados em Wall Street).
Não há nenhuma soberania possível nas mãos do capital financeiro mundial. É necessário que o petróleo brasileiro seja 100% estatal, controlado e administrado pelos próprios trabalhadores petroleiros. Só assim mais nenhuma gota do petróleo nacional sirva a máquina de guerra sionista.
Da mesma maneira, todos os serviços públicos da educação, da saúde e do transporte devem ser arrancados da iniciativa privada e estatizados, sob controle e administração dos trabalhadores.
Trump fez ameaças de intervenção na Amazônia, com base na “Seção 301” da Lei Abrangente de Comércio e Competitividade Americana. A Amazônia é estrategicamente utilizada pelos EUA há décadas com a permissão de todos os governos. Uma política antiimperialista parte da expulsão da presença econômica, comercial e militar dos Estados Unidos da região. Mas não só isso. Exige a abolição do grande latifúndio, do garimpo e do grande capital responsável pelo desmatamento e a destruição das comunidades indígenas (como vimos na crise Yanomami). Todas as terras devem pertencer àqueles que nelas vivem e trabalham, sem nenhum centavo de indenização aos fazendeiros e acionistas internacionais.
Uma das políticas de Lula com maior impacto na submissão do país aos Estados Unidos é o Arcabouço Fiscal, o novo Teto de Gastos da Frente Ampla, que tirou uma página do playbook de Michel Temer. Enquanto faz propaganda sobre taxar os super ricos (sem avançar em nada na taxação progressiva de grandes fortunas, de grandes heranças e sobre lucros e dividendos), o que Lula faz com o Arcabouço é taxar os mais pobres para favorecer os super-ricos e garantir o pagamento da dívida pública. Já são R$15 bilhões já cortados em Saúde, Educação e programas sociais em 2024, valor que saltará para R$31 bilhões em 2025.
Assim, uma política de defesa do país contra a espoliação dos Estados Unidos e das potências europeias é a abolição do Arcabouço Fiscal, e o fim do pagamento da dívida pública, ilegal, ilegítima e fraudulenta, que constrange a esmagadora maioria do orçamento nacional à quitação infinita de juros aos grandes banqueiros internacionais, como o JPMorgan, Bank of America, Citigroup, Wells Fargo e Goldman Sachs.
Só com a rolagem de dívidas foram gastos R$1,3 trilhão em 2025, quase metade de todo o orçamento público. Essa bolsa banqueiro foi paga religiosamente não só por Temer e Bolsonaro, mas durante os governos do PT: nos primeiros mandatos de Lula e Dilma, estima-se que quase R$13 trilhões foram utilizados para a amortização dos juros e rolagem da dívida.
É mentira que a economia brasileira “cairia em ruínas” com a abolição desse laço financeiro que enforca o país. Pelo contrário, o orçamento público que agora está constrangido a pagar eternamente o grande capital estrangeiro poderia ser direcionado à melhoria dos serviços públicos e ao financiamento de plenos direitos trabalhistas para todos.
Efetivamente, uma política anti-imperialista exige abolir a escala 6×1 (que não pode se dar com isenção de impostos aos empresários, como querem setores governistas ligados ao PT) e erguer medidas protetivas que signifiquem plenos direitos trabalhistas a todos os trabalhadores. A nossa luta é pela redução da jornada de trabalho para 30h, sem redução salarial. Junto com o fim da escala 6×1, é preciso impor o fim da reforma trabalhista, instituída pelo Judiciário e pela extrema direita, continuada no governo Lula. Ela permite jornadas intermitentes, temporárias, terceirização completa do trabalho, ampliando a precarização que é uma das portas para o trabalho escravo em nosso país. Essas mazelas infernais que destroem física e mentalmente milhões de pessoas estão a serviço dos investimentos imperialistas no país.
Junto ao fim da reforma trabalhista, deve estar a eliminação da reforma da previdência promulgada por Bolsonaro e mantida no governo Lula. Nenhuma política de defesa contra as chantagens dos EUA poderia ser levada adiante sem esse componente.
Como falar de rechaço a Trump sem a ruptura de todos os acordos com Israel? Como explicou Francesca Albanese, relatora especial da ONU para a Palestina, na Conferência de Bogotá: Gaza é hoje um inferno, e as atrocidades dos últimos 21 meses não são uma aberração repentina, são o ponto culminante de décadas de políticas para deslocar e substituir o povo palestino. Diante de um genocídio, “não se trata de caridade ou simpatia, mas obrigação: cada Estado deve omper imediatamente todos os laços com o Estado de Israel, militares, políticas, estratégicas, econômicas, diplomáticas e comerciais”. Uma política anti-imperialista, elementar, é a ruptura total com Israel. Nós lutamos por uma Palestina livre do rio ao mar, operária e socialista, que seja um ponto de apoio para o desenvolvimento da revolução em todo o Oriente Médio.
Mas, e o judiciário? Não possui mil e um laços com o imperialismo? Como pode ser uma boia de salvação contra Trump? O Poder Judiciário é conformado por uma casta vitalícia e privilegiada, com tribunais superiores designados a partir de negociações entre as forças políticas predominantes e sem intervenção do voto popular na designação do conjunto dos juízes e procuradores. Se originalmente este equilíbrio de poderes se fundamentou na oposição à tirania, como oposto ao absolutismo monárquico, o certo é que seu papel histórico foi limitar ao mínimo a incidência da soberania popular nas democracias burguesas, baseadas justamente em defender a legalidade da propriedade capitalista.
Como disse certa vez Aristóteles, não há nada que gere mais problemas políticos do que as regalias e benefícios financeiros dos magistrados. É preciso acabar com os privilégios dessa casta de magistrados. Retomando a melhor tradição do marxismo, é necessário exigir que os juízes sejam eleitos pelo povo, revogáveis a qualquer momento e recebam o mesmo salário de uma professora, abolindo suas verbas auxiliares. Para acabar com a farra de empresários e políticos corruptos, que atinge todos os partidos dominantes, todos os julgamentos por corrupção devem ser realizados por júris populares, abolindo os tribunais superiores. Este programa de ataque aos privilégios do regime e da oligarquia de juízes deve estar ligado com pontos que enfrentem a crise econômica gerada pelos empresários: é necessário impor o não pagamento da dívida pública e a nacionalização dos bancos, do comércio exterior e dos recursos estratégicos da economia sob controle dos trabalhadores.
Estas são algumas medidas políticas estruturantes de um programa anti-imperialista concreto, que enfrente Trump e o imperialismo norte-americano onde realmente lhes dói: na propriedade privada e nas instituições de sua defesa. Nada disso pode ser conseguido com acordos de “unidade nacional” a FIESP, Hugo Motta ou Alexandre de Moraes. São pontos que devem ser defendidos no processo vivo de luta entre as classes, apoiado nos trabalhadores organizados, em aliança com todos os setores oprimidos, com a juventude, as mulheres, os indígenas, a população negra.
Talvez mais importante, indicam a independência política indispensável, se do que se trata é rechaçar efetivamente as bravatas do imperialismo ianque, sem que caiamos na armadilha que Lula e a Frente Ampla criaram com a “unidade nacional”.